As Etapas Do Pensamento Sociol Gico 2
Posted on 7 de abril de 2015 by elrolf
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A concepção do capitalismo e da história de Marx está associada à combinação dos conceitos de forças de produção, relações de produção, luta de classes, consciência de classe, infraestrutura e superestrutura. O emprego crítico e metodológico dessas noções, para compreender uma sociedade moderna, é perfeitamente legítimo. Contudo, o emprego crítico das categorias marxistas não implica uma interpretação dogmática do curso da história.
O pensamento de Marx não comporta dúvida. Acreditava que um regime histórico era definido por certas características principais, o estado das forças produtivas, a forma da propriedade e as relações dos trabalhadores entre si. Os diferentes tipos sociais são caracterizados por relações entre os trabalhadores associados. A escravidão foi um tipo social, o trabalho assalariado é um outro tipo. O essencial é a definição de um regime social a partir de um pequeno número de fatos considerados como decisivos.
A visão coerente de Marx é a de um desenvolvimento das forças produtivas que torna cada vez mais difícil manter as relações de produção capitalista e o funcionamento dos mecanismos desse regime, tornando a luta de classes cada vez mais impiedosa. Porém, a revolução não ocorreu onde as forças produtivas tinham atingido o maior desenvolvimento. Os fatos a partir dos quais Marx encontra a totalidade social e histórica foram dissociados pela história. O problema teórico provocado por tal dissociação pode ter duas soluções: a interpretação flexível, mantida por uma metodologia de interpretação sociológica e histórica aceitável para todos; e a interpretação dogmática, que mantém o esquema do devenir histórico concebido por Marx, numa situação que, sob certos aspectos, é totalmente diferente. Cabe perguntar se esta visão dogmática