As Entraves no Processo de Alfabetização da Pessoa com Surdez
Fazendo o caminho...
As questões relacionadas à área educacional, em se tratando do ensino regular, a comunicação e interação dos alunos ouvintes e surdos, ainda acontece de forma excludente. No cenário atual, ambos têm compartilhado da mesma metodologia didática. Em suma, isso aparenta uma equidade oportuna, mas seria realmente justa? Os resultados mostram que não.
Se tratarmos o surdo apenas como estrangeiro, traduzindo o conteúdo de sala de aula para a sua língua, estaremos, de fato, ignorando-o como sujeito, já que ele tem uma deficiência, e esta precisa ser analisada para ser atendida de forma especial, a fim de que ele possa estar inserido no grupo. Apesar da oferta e facilidades existentes hoje para o acesso ao ensino em seus vários níveis, estar inserido numa sala de aula de ensino regular não significa estar incluído/integrado nas diversas atividades exigidas pelo currículo, uma vez que, há carência de professores capacitados em Libras e também intérpretes para acompanhar efetivamente esses alunos em suas atividades curriculares. O quadro se agrava quando observamos que para uma integração/inclusão das pessoas com surdez, ou pelo menos para ser mais eficiente, necessário se faz que os mesmos sejam alfabetizados em sua língua materna e também que haja uma interação maior entre as comunidades linguísticas (ouvintes e surdos) no exercício do seu uso.
Mesmo com tantas arestas para aparar, não podemos negar o avanço que foi a iniciativa (tentativa) de incluir o surdo ao ensino básico. Sabemos que é um processo árduo e contínuo, que tem fomentado toda uma base de conceito a respeito deste tema tão delicado, que é igualar o aluno surdo ao ouvinte, no contexto de oportunidades, assistindo à sua diferença.
Obviamente temos na sociedade atual um considerável interesse e avanços nas políticas públicas em garantir legalmente os direitos dos surdos como cidadão ou ao menos, reduzir tamanha disparidade no acesso e