As diversas relações entre textos
Rita de Cássia Sampaio Alves
A língua pode ser analisada de diferentes formas. Assim, o estudo da mesma varia tanto da época a qual ela é estudada quanto do autor que a analisa, da mesma forma, são as teorias que tratam das relações entre textos. Desse modo, segundo Marcuschi (2008), não é necessário fazer uma diferenciação rígida ente texto, discurso e gênero, pois tais enfoques não devem ser entendidos como estudos independentes, pois funcionam muito mais como estudos complementares. Com intuito de explicar melhor tal relação o autor diz que “O discurso dar-se-ia no plano do dizer (a enunciação), o texto no plano da esquematização (a configuração). Entre ambos, o gênero é aquele que condiciona a atividade enunciativa.” (MARCUSCHI, 2008, p. 81 – 82). Sendo assim, faz- se agora uma abordagem no plano do discurso e do texto. A análise do discurso surgiu com a superação da análise do texto. Assim este último sugeria como “[...] objetivo estudar a estrutura do texto ‘nele mesmo e por ele mesmo’ e restringia-se a uma abordagem imanente do texto, excluindo qualquer reflexão sobre sua exterioridade” é o que mostra Brandão (2004, p.13 apud FUNDAÇÃO..., 2010, p.10). Dessa forma, somente na década de 1950, mostrou-se a possibilidade, através de pesquisas feitas, de ir além de estudos concentrados somente na estrutura interna do texto, assim é que se buscou compreender os fenômenos extralinguísticos que seriam capazes de influenciar na produção da linguagem. Posto isso, é que o discurso passou a ser o foco dos estudos, possibilitando a união entre o nível propriamente linguístico e o extralinguístico. Assim, ficou perceptível que as condições sócio históricas são de extrema importância para a significação de um texto. É nessa perspectiva que a análise do discurso segundo Orlandi (2005, p.15) “[...] procura compreender a língua fazendo sentido, enquanto trabalho simbólico, parte do trabalho social geral, constitutivo do homem