As direções da renovação do Serviço Social no Brasil
O objetivo é levantar algumas pistas para a identificação de impasses e possíveis rumos férteis ao debate, adensando a polêmica.
A ênfase predominante nas relações do serviço social com as políticas sociais do estado e os aparatos institucionais que a programam vêm apresentando como contrapartida, o relativo obscurecimento da sociedade civil. “O verdadeiro cenário de toda historia”, secundarizada na produção acadêmica no serviço social.
O avanço substancial por parte da produção especializada nos rumos indicados nessa área profissional com um rigor no tratamento dos materiais empíricos e teóricos, até as pouco inexistentes, encontra-se respaldado no conhecimento do papel decisivo e das funções peculiares que o Estado vem desempenhando na regulação da sociedade, com expansão monopolista.
Concentrar unilateralmente a problemática do serviço social nos “Círculos do Estado” é também concentrar a analise das políticas sociais e serviço sociais dela derivados no foco da distribuição da riqueza social, parcela da qual é canalizada para o Estado e por ele redistribuída, sob o crivo de seu controle e diferenciadamente, ao conjunto da sociedade.
A secundarização da sociedade civil no universo da pesquisa do serviço social tem implicações nodais de ordem teórico-metodológica para aqueles que se propõe incorporar a inspiração Marxiana, sendo importante elucidalas.
O que e mais flagrante é a carência de pesquisas sobre o que tradicionalmente se qualificava “clientela” do serviço social, sobre o modo de vida e de trabalho das classes trabalhadoras, os processos de diferenciações internas a que vem sendo submetidas e, as suas expressões político-culturais, e sobre o enorme “exercito geral de reservas” reforçando nesse longo ciclo da crise econômica que graça o país no presente.
O processo de acumulação monopolista sob a égide do capital financeiro e dos grandes conglomerados empresariais com subsidio financeiro, fiscal e o apoio legal do estado