As direções da renovação do serviço social no brasil (netto, p. 151-164)
O desenvolvimento histórico do Serviço Social no Brasil, a partir da década de 60 no contexto do movimento de reconceituação, assume três diferentes direções:
Perspectiva Modernizadora : ajustou-se ao projeto econômico do governo militar.
Perspectiva de Reatualização do Conservadorismo: deu um novo formato a ele. Perspectiva de Intenção de Ruptura: pretendia romper com a sua herança conservadora.
PERSPECTIVA MODERNIZADORA: adequar o Serviço Social, enquanto instrumento de intervenção inserido no arsenal de técnicas sociais a ser operacionalizado no marco de estratégias de desenvolvimento capitalista, às exigências postas pelos processos sociopolíticos emergentes no pós-64; auge de sua formulação: textos dos seminários de Araxá e Teresópolis.
Nova fundamentação de que se socorre para legitimar o papel e os procedimentos profissionais; aportes extraídos do estrutural-funcionalismo norte-americano; caráter modernizador desta perspectiva: aceita como dado inquestionável a ordem sociopolítica da DM , e procura dotar a profissão de referências e instrumentos capazes de responder às demandas que se apresentam; se reporta a valores e concepções mais tradicionais, não para superá-los ou negá-los, mas para inseri-los numa moldura teórica e metodológica menos débil; foi a expressão da renovação profissional adequada à autocracia burguesa; terá sua hegemonia posta em questão a partir de meados dos anos 70, com a crise da autocracia burguesa.
Conteúdo reformista não atende às expectativas do segmento profissional que resiste ao movimento de laicização ocorrente e se recusa a romper com o estatuto e a funcionalidade subalternos historicamente assumidos pela profissão. Seu traço conservador e sua colagem à ditadura incompatibilizam-na com os segmentos profissionais críticos.
PERSPECTIVA DE REATUALIZAÇÃO DO CONSERVADORISMO: recupera a herança histórica e conservadora da profissão e os repõe sobre uma base