AS COMÉDIAS E TRAGÉDIAS DE SHAKESPEARE
Shakespeare inspirou-se tanto na tradição cômica medieval, burlesca e grosseira, com as farsas e partes cômicas nas encenações dos mistérios, como nos latinos clássicos Plauto e Terêncio. Destes dois últimos herda a tradição das tramas duplas, que se tornam triplas em muitas das comédias de Shakespeare.
Comédias de aprendizado (A COMEDIA DOS ERROS, OS DOIS CAVALHEIROS DE VERONA, TRABALHOS DE AMOR PERDIDOS e A MEGERA DOMADA);
Comédias da maturidade lírica e romântica (SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO, COMO QUISERES, MUITO BARULHO POR NADA e NOITE DE REIS);
Comédias sombrias (AS ALEGRES COMADRES DE WINDSOR, BOM É O QUE BEM ACABA, MEDIDA POR MEDIDA e TROILUS E CRESSIDA);
Romances outonais (PERICLES, CYMBELINE, CONSTO DE INVERSO e A TEMPESTADE).
Características das comédias
Não há nenhuma comédia de Shakespeare igual ou semelhante a outra, ainda que tramas e personagens sejam aperfeiçoados e reutilizados em diferentes peças.
Não existe uma “fórmula” que o autor tenha utilizado, ele aprendeu a escrevê-las através dos acertos e erros das anteriores.
No geral, a trama começa com alguma infelicidade, insucesso ou desencontro, para acabar com um final feliz, ou seja, com a resolução do problema/conflito.
Sempre há duas ou mais tramas paralelas nas comédias de Shakespeare.
Tragédias
William Shakespeare escreveu tragédias desde o início de sua carreira. Uma de suas primeiras peças romanas foi a tragédia Titus Andronicus, que se seguiu mais tarde com Romeu e Julieta.
Contudo, suas mais admiradas tragédias foram escritas entre 1601 e 1608, num período de sete anos. Aqui, inclui-se Hamlet, Otelo, Rei Lear e Macbeth, e também Antônio e Cleópatra e as menos populares Timão de Atenas e Tróilo e Créssida.
Tragédias
Muitas dessas peças estão ligadas ao conceito aristotélico sobre os fundamentos da tragédia: o protagonista deve ter um caráter admirável, mas imperfeito, e o público precisa compreendê-lo e simpatizar com ele. Provavelmente todos os