As cidades
SIMMEL, Georg. As Grandes Cidades e a Vida do Espírito. Covilhã, LusoSofia, 2009.
“Os problemas mais profundos da vida moderna provêm da pretensão do indivíduo de resguardar a autonomia e a peculiaridade da sua existência em face das prepotências da sociedade, da herança histórica, da cultura exterior e da técnica da vida” (pag.03)
“(...) resistência do sujeito a ser nivelado e desgastado num mecanismo técnico-social.” (pag. 03)
A padronização da pluralidade
“Compreende-se assim sobretudo o carácter intelectualista da vida anímica peculiar à grande cidade, em face do psiquismo consentâneo com a pequena cidade, que se apoia antes no ânimo e nas relações pautadas pelo sentimento.” (pag. 04)
Intelecto X sensibilidade
“As grandes cidades são, desde sempre, o lugar da economia monetária, porque a multiplicidade e a concentração da troca económica conferem ao meio de troca uma importância que não ocorreria na escassez da troca rural.” (pag.05)
“De facto, o dinheiro busca apenas aquilo que a todos é comum, o valor de troca, que nivela toda a qualidade e peculiaridade à questão do simples "quanto". Todas as relações anímicas entre as pessoas se fundam na sua individualidade, enquanto as relações intelectivas contam com os homens como com os números, como elementos em si indiferentes, que só possuem um interesse de acordo com as suas capacidades objectivamente consideradas” (pag.05)
“A grande cidade moderna, porém, alimenta-se quase inteiramente da produção para o mercado, isto é, para clientes de todo desconhecidos, que nunca se encontram cara a cara com os próprios produtores.” (pag. 06)
Explicitação da diferença entre as interações humanas; A intimidade das relações no meio fora da cidade grande e a impessoalidade das negociações no meio dentro.
“A técnica da vida na grande cidade não é concebível sem que todas as atividades e relações mútuas tenham sido coordenadas num esquema temporal fixo e supra-subjectivo.” (pag. 07)
De acordo