As causas do comportamento
Mestre em Análise Experimental do Comportamento (UFPA)
“Tendemos a dizer, muitas vezes de modo precipitado, que se uma coisa se segue a outra, aquela foi provavelmente causada por esta” (pág. 13)
“Se nos perguntarem por que respondemos com rispidez a um amigo, poderemos dizer: ‘Porque me senti irritado’. É verdade que já nos sentíamos irritados antes de responder, ou então durante a resposta, e por isso achamos que nossa irritação foi a causa de nossa resposta” (pág. 13)
“Uma estratégia mais explícita consiste em abandonar a procura de causas e simplesmente descrever o que as pessoas fazem” (pág. 14/15)
O Estruturalismo
“ O estruturalismo e o desenvolvimentismo não nos dizem por que os costumes são obedecidos, por que as pessoas votam de uma certa maneira ou apresentam certas atitudes ou traços de caráter, ou por que as línguas diferentes possuem traços diferentes” (pág. 15)
“ Em suma, o estruturalismo nos diz como as pessoas agem, mas esclarece muito pouco por que se compartam desta ou daquela forma. Não tem resposta para a pergunta com a qual começamos” (pág.
16)
“O problema mentalista pode ser evitado com procurarmos diretamente as causas físicas anteriores, desviando-nos dos sentimentos ou estados mentais intermediários” (pág. 16)
Behaviorismo Metodológico
“Um programa de behaviorismo metodológico só se tornou plausível quando se começou a fazer progresso na observação científica do comportamento, pois só então tornou-se possível superar o poderoso efeito exercido pelo mentalismo no sentido de afastar a pesquisa da investigação do papel desempenhado pelo ambiente” (pág. 17)
“ As explicações mentalistas acalmam a curiosidade e paralisam a pesquisa. É tão fácil observar sentimentos e estados mentais, num momento e num lugar, que fazem parecer sejam eles as causas, que não nos sentimos inclinados a prosseguir na investigação. Uma vez, porém, que se começa a estudar o ambiente, sua importância não pode mais