As cartas paulinas
I Tessalonicenses (escrita em Corinto, 50 d.C)
É muito forte a dimensão da memória e da ligação afetiva da comunidade com o Apóstolo.
É fruto da empolgação e do sucesso da evangelização.
Não tem grandes problemas. Apenas os referentes normais a uma comunidade em expansão. O principal tema instrutivo é sobre o trabalho com as próprias mãos.
Ao contrário dos filósofos (moles sofistas), Paulo apresenta o crucificado, ainda de maneira insipiente, e não tenta “comprar” os adeptos.
Propõe uma resistência apocalíptica.
A “Eclesia” é uma reunião livre, no coração do Império, que difere propositalmente da sinagoga.
Surge um problema quanto à sorte dos que morrem e Paulo o resolve apelando para a ressurreição de Jesus. Se ele ressuscitou, o mesmo acontecerá com quem estiver com ele.
Gálatas (escrita em Éfeso, 52[?] d. C)
Escrita para uma região, não especificamente para uma Igreja. Provavelmente são várias comunidades que receberam o Evangelho, cujo sucesso foi inesperado. Paulo teve contato devido a uma possível doença.
Essas Igrejas (gentílicas) sofreram investidas de cristãos judaizantes e Paulo, travando com estes uma disputa, insiste com as comunidades que permaneçam fiéis ao Evangelho anunciado: o Cristo Crucificado.
O argumento é a primazia da fé sob a Torá (exemplos de Abraão e Moisés).
É uma carta apologética, da qual não sabemos o resultado. Os judaizantes desacreditam, não só, da mensagem de Paulo, mas também de sua pessoa.
Filipenses (escrita em Éfeso, na prisão)
A comunidade de Filipus envia um companheiro e uma ajuda econômica para Paulo, na prisão. Paulo, então, escreve agradecendo.
Ressaltando que não é este seu estilo. Ele é autarquia (independente).
Existem dissensões na Igreja de Filipus, sobretudo entre mulheres.
No cap. 1 e 2 é importante o tema da alegria, apesar da prisão.
No cap. 3 Paulo é forçado a se defender, porque parece que também aí chegou a influencia dos judaizantes. Paulo frisa a verdadeira