As características do cristianismo
As Características Filosóficas do Cristianismo o Figura 01
O cristianismo fornece uma imprescindível integração à filosofia, no tocante à solução do problema do mal, mediante os dogmas do pecado original e da redenção pela cruz. Além de uma justificação histórica e doutrinal da revelação judaico-cristã em geral, o cristianismo implica uma determinação, elucidação, sistematização racional do próprio conteúdo sobrenatural da Revelação, mediante uma disciplina específica, que será a teologia dogmática.
Pelo que diz respeito ao teísmo (doutrina que admite um deus pessoal), salientamos que o cristianismo o deve, historicamente, a Israel. Mas entre os hebreus o teísmo não tem uma justificação, uma demonstração racional.
Isto se realizará graças especialmente à Escolástica e, sobretudo, a Tomás de Aquino. Pelo que diz respeito à solução do problema do mal, solução que constitui a integração filosófica proporcionada pelo cristianismo ao pensamento antigo - que sentiu profundamente este problema sem o poder solucioná-lo - frisamos que essa representa a grande originalidade teórica e prática, filosófica e moral, do cristianismo. Estes problemas são solucionados pelos dogmas do pecado original e pela redenção da cruz.
A justificação da Revelação em geral, e a determinação, e sistematização racional do conteúdo da mesma, têm uma importância indireta com respeito à filosofia, porquanto implicam
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UNIDADE DE ENSINO: Filosofia
sempre numa intervenção da razão. Foi esta, especialmente, a obra da Patrística e, sobretudo, de
Agostinho.
Esta parte, dedicada à história do pensamento cristão, será, portanto, dividida do seguinte modo: o Cristianismo, isto é, o pensamento do Novo Testamento, enquanto soluciona o problema filosófico do mal; a Patrística, a saber, o pensamento cristão desde o II ao VIII século, a que é devida particularmente a construção da teologia, da dogmática católica; a