As batalhas do castelo e dom quixote
As Batalhas do Castelo: dramático, lirico, soneto
Este livro mistura drama e comédia, dois gêneros opostos, mas que justamente por estarem juntos, havendo um engraçado eufemismo das desgraças, tornam o livro maravilhoso. Trata-se da história de um ducado, em que o duque é um ex-bobo (que é “ex” mas não deixa de ser engraçado) que herdou um castelo praticamente abandonado, o Castelo do Canto. O rei, já morrendo, atestou que o seu bobo seria duque com tudo o que tivesse direito, mas seus filhos, ao executarem o testamento, deram ao duque súditos velhos, aleijados e crianças, animais doentes e várias provisões, mas todas defeituosas. Tudo estava indicando que o fim do ducado mal começado era questão de pouco tempo, mas o bobo-duque, que de bobo (tolo) não tinha nada, provou que tal pensamento comum se enganara. Cada súdito se julgava inútil, mas o bobo-duque, apelidado de Bobuque, mostrou que todos podiam ajudar. Ele, os músicos surdos e o poeta, um ex-presidiário, animavam o grupo, e o ducado prosperou. Porém, mesmo sendo com muito suor que conquistaram o progresso, a ganância e inveja de pessoas do povoado e do reino despertou. Vieram cobrar impostos de 1/3 de tudo o que tinham, sendo que o certo era 10%, mas um amigo de Bobuque os ajudou a resolver este problema (era um soldado que se casara com uma das moças do ducado). Depois veio um padre, padre Arcanjo, que era “fresco” (o que se observa, por exemplo, quando lhe preparam um muito requintado banho) e rígido (chegando a amarrar os que não obedeciam suas absurdas exigências). Mas quando todos, por fim, não suportam mais todas as suas rezas e param, ele vai embora derrotado, mas afirmando que voltará