As Alterações Fisiológicas Da Gravidez
Para compreender melhor as dificuldades que a gestante enfrenta na realização de seu trabalho, e assim poder intervir e facilitar a passagem por este período, é necessário conhecer a fisiologia da gravidez e todas as alterações que a acompanham.
A fisiologia materna fica alterada, durante a gravidez, por vários modos. Primeiramente, modificações acessórias ocorrem em seus órgãos reprodutivos e em suas mamas para assegurar o desenvolvimento do feto e a nutrição da criança após o nascimento. Segundo, todas as funções metabólicas ficam aumentadas para suprir a nutrição do feto em crescimento. Terceiro, a grande produção de hormônios pela placenta produz efeitos colaterais, não diretamente relacionados com a reprodução (GUYTON, 1998).
Então, as mudanças da gravidez são, principalmente, o resultado da interação de quatro fatores: as mudanças hormonalmente mediadas no colágeno e no músculo involuntário; o aumento do volume total de sangue com fluxo aumentado de sangue para útero e rins; o crescimento do feto que leva a ampliação e deslocamento do útero; e por último o aumento do peso corporal e mudanças adaptáveis no centro de gravidade e postura (POLDEN; MANTLE, 2000).
Mudanças significativas no perfil endócrino ocorrem durante a gestação, destacando-se quatro hormônios que desempenham um papel fundamental para a mãe e para o feto. Dois desses são os hormônios sexuais femininos estrogênio e progesterona, os quais são secretados pelo ovário durante o ciclo menstrual normal, passando a ser secretados em grandes quantidades pela placenta durante a gestação. Outros dois importantíssimos são: a gonodotrofina coriônica e a somatomamotropina coriônica humana (FISCHER, 2004).
O estrogênio leva ao aumento no crescimento do útero e ductos mamários, aumento da retenção de água, dilatação dos órgãos sexuais externos e do orifício vaginal, aumenta nível de prolactina e ajuda no metabolismo do cálcio (POLDEN; MANTLE, 2000; GUYTON, 1998). Ou