As 10 figuras negras
Durante o jantar, ouvem uma voz, que não sabem de quem é nem de onde vem, a acusar cada um de guardaram segredos terríveis. Todos são acusados de terem cometido crimes pelos quais não foram condenados pela justiça. Crimes pelos quais serão agora punidos. É nesse momento que as primeiras mortes acontecem, e é nesse jantar que percebem que algo de estranho se passa.
De um ambiente de ligeira estranheza vamos passar para um cenário de desconfiança total. O primeiro instinto de todos é procurar o assassino escondido na ilha, mas cedo se apercebem de que este pode muito bem ser um dos presentes, visto que o dono da mansão, de quem receberam convites para irem à ilha, não se encontra neste, sendo apenas os 10 e os 2 empregados que ali se encontram.
A autora distribui equitativamente pelas personagens a informação que desvenda. É-nos dado um vislumbre do passado de cada um, sobretudo as circunstâncias dos acontecimentos que justificam a sua presença na ilha. É através destas pistas que vamos formando uma opinião sobre o carácter de cada um e a sua possível culpabilidade. Não existe um vilão ou um herói definidos na história. A velocidade a que as mortes se sucedem imprime um ritmo vertiginoso ao livro.
Ainda assim, a autora consegue manter o suspense até à última página, tanto acerca do responsável pelas mortes, como dos detalhes e razões por detrás do seu plano.
E posso dizer-vos que li este livro e que fui desconfiando deste e daquele e que, quando chegou o fim, pensei “bem então este