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O tempo era de caos. Com a vida moderna, as pessoas tinham a necessidade de ter seu próprio transporte para ter mais liberdade, conforto e agilidade. Nesse período já havia grandes quantidades de carros e motos naquela pequena cidade, mas ainda não havia regras que sinalizassem aonde cada um poderia ir e seguir sem que prejudicasse o outro. Mas Todos se sentiam donos das ruas, afinal as vias eram públicas. Os motoristas não respeitavam os motociclistas que por sua vez não respeitavam os pedestres. Todos os dias eram assim:
— Sai da frente! Gritou um motorista em seu carro para um motociclista.
— Anda logo seu barbeiro! Gritava um homem em sua moto.
— Andem devagar! Pedia uma senhora tentando atravessar a rua.
A pressa e a intolerância tomavam conta de todos.
Um dia, ninguém sabe como, apareceu uma tartaruga no meio da rua causando um grande rebuliço. Como ninguém respeitava a via do outro, a tartaruga acabou sendo atropelada por um motorista irresponsável e ignorante que andava em seu carro em alta velocidade, e não notou a presença do pequeno animal. Por sorte, a pequena sobreviveu, mas ficou com o casco enrugado e achatado na parte de baixo.
— De onde veio essa tartaruga? — disse o motorista ignorante.
— Por que você não parou o carro para não atropelar a tartaruga?— disse uma motorista ambientalista, logo atrás, preocupada com a vida dos animais.
— A tartaruga por pouco não morreu, mas o que ela faz em meio a esse tumulto de carros? Não podemos parar para olhar quem passa, senão perdemos tempo!— disse uma senhora mais a frente montada em sua motocicleta já olhando para o relógio.
Essa confusão gerou uma discussão que foi parar na prefeitura da cidade. O prefeito resolveu colocar nas ruas mais movimentadas da cidade um homem segurando duas placas com cores luminosas para orientar os motoristas o momento de parar e seguir adiante. Assim ficou determinado que na cor verde os motoristas pudessem seguir e na cor vermelha era o