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O autor estudou as mudanças que ocorreram na sociedade inglesa do século XVIII para XIX, relacionado a declínio do costume, isto é, o momento em que a sociedade está sendo pressionada a reformar sua cultura segundo as normas vinda de cima. O estudo de Thompson procura mostrar como o costume se manifestou na cultura dos trabalhadores nos séculos relacionados acima, em relação ao desenvolvimento do sistema capitalista. Sobre costume diz Thompson no capitulo I p. 13-24.
Nos séculos precedentes, o termo “costume” foi empregado para denotar boa parte do que hoje está implicado na palavra “cultura”. O costume era segundo a natureza do homem.
Se a muitos ‘pobres” se negava o acesso à educação, ao que mais eles podiam recorrer senão a transmissão oral, com sua pesada carga de costume. Muitos costumes eram endossados e frequentemente reforçado pela pressão e protestos populares. Não há dúvida de que no século XVIII “costume” era uma boa palavra. A Inglaterra a muito se Vangloriava de ser Antiga e Boa cultura, de outra apresentava muitas afinidades com o consuetudinário. Este derivava. Era também um termo operacional. Se de um lado, o “costume” incorporava muitos dos sentidos que atribuímos hoje a palavra dos costumes, dos usos habituais do país: usos que podiam ser reduzidos a regras e precedentes e tinham força de lei. Era o que acontecia com a lex loci , os costumes do domínio senhorial. As vezes eles só estavam registrados na memoria dos idosos, mas tinha efeito legal quando não contradizia a lei estatutária. Para alguns trabalhadores industriais o costume tinha força legal. Com frequência, a inovação do costume, com respeito a um oficio ou ocupação refletia uma prática tão antiga que adquiria a cor de um privilégio ou direito. Em 1787, por exemplo, quando os fabricantes do sudoeste tentaram ampliar em meia jarda cada peça de pano, os