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WRITTEN BY DAMARIS GOMES MARANHÃO ON 06/06/1999. POSTED IN JEITOS DE CUIDAR, REVISTA AVISA LÁ #1
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Ser seguro no colo, ser abraçado e tocado são experiências humanas essenciais. Os jeitos de segurar e tocar variam conforme as diferentes culturas. Hoje existe, na maioria das sociedades urbanas, todo um aparato de objetos e mobiliário para conter os bebês e crianças pequenas, o que reduz em muitos casos as oportunidades de contato físico com os pais e outros adultos.
Para cuidar é preciso antes de tudo estar comprometido com o outro, com sua singularidade, ser solidário com suas necessidades, confiando em suas capacidades. Disso depende a construção de um vínculo entre quem cuida e quem é cuidado.1
Em outros lugares do mundo, entretanto, existem crianças que permanecem todo o tempo no colo das mães, acompanhando-as até mesmo nos momentos de trabalho como acontece em várias tribos indígenas e povos africanos.
Na cultura balinesa, por exemplo, o colo e os toques massageadores são extremamente valorizados, ensinados de geração a geração. Seja como for, o toque na infância é um dos cuidados que ajuda a criança a se constituir como sujeito e a desenvolver mais confiança nos seus parceiros sociais.
Crianças de diferentes idades precisam sentir-se fisicamente acolhidas pelo outro, seja numa situação social nova, seja em momentos de maior desafio de suas competências, em ocasiões de medo, insegurança ou mesmo de alegria ao experimentar algo diferente.
Ao contrário do que muitos pensam, carregar crianças não “acostuma mal”. O colo confortável e seguro é um cuidado fundamental e deve fazer parte do trabalho educativo sempre que necessário. Um bom colo para os bebês, proporciona não só um meio de transporte, mas conforto e proteção, além de criar uma experiência táctil e de interação que contribui para a organização postural e a construção da identidade.
O jeito de segurar um bebê