Artigo
O presente trabalho trata-se de uma abordagem sobre o romance histórico de Ana Miranda Boca do Inferno escrito em 1989. Foi vencedor do Prêmio jabuti em 1990 e traduzido em vários idiomas.
Está dividido em cinco capítulos intitulados: a cidade, o crime, a vingança, a devassa e a queda, finalizando com o epílogo. Foi vencedor do Prêmio jabuti em 1990 e traduzido em vários idiomas. A narrativa está em terceira pessoa. O narrador é onisciente. O tempo é linear. Os personagens são históricos.
A trama dá-se envolta de um assassinato pelos Ravascos de um Menezes, no caso o alcaide-mor da cidade da Bahia. A história ocorre na Bahia de 1687, período em que o Brasil ainda era colônia de Portugal e seu governante era D. Pedro II. Após este crime o governador da cidade da Bahia buscará aprisionar os culpados e assim começa as perseguições aos Ravascos e seus amigos.
No primeiro capítulo a autora faz uma descrição da cidade e nos apresenta logo um dos ilustres personagens desta narrativa: O Dr. Gregório de Matos e Guerra, advogado formado em Coimbra que retorna ao Brasil como Desembargador Eclesiástico que embora escritor de vasta obra lírica, em relação a sua cidade e seus conterrâneos é crítico voraz dos membros do governo, da igreja e da sociedade em geral. Assim também como nos apresenta o governador-geral da Bahia. Antônio de Souza de Menezes, o braço de prata, pois o mesmo perdeu um braço em batalha este será o arqui-rival de Gregório e Padre Antônio Vieira, outro protagonista ilustre.
A partir do segundo capítulo inicia-se a trama, pois ocorrerá o crime do alcaide-mor da Bahia que gerará perseguições aos culpados por parte do governador e o irmão de Francisco Teles de Menezes. O terceiro capítulo terá como ponto central a vingança do crime, sendo torturados e presos os supostos culpados. O quarto capítulo será a investigação com vistas a julgar os suspeitos, por fim o último