Artigo
A dialética e a metafísica concebem de modo diverso a questão da essência da negação. A metafísica, deformando o processo de desenvolvimento da realidade material, compreende a negação como a eliminação e a destruição absoluta do velho. Os dialéticos denominam tal concepção da negação como inútil, pois ela exclui qualquer possibilidade de desenvolvimento posterior. A concepção dialética da negação parte de que o novo não destrói simplesmente o velho, mas conserva tudo o que de melhor estava contido neste. Mas é preciso ter em vista que o novo nunca toma o velho inteiramente em sua forma anterior. Conserva-o, reelaborando-o; o eleva a um grau mais elevado. A dialética marxista, por exemplo, não incorporou simplesmente as conquistas do pensamento filosófico do passado, mas reelaborou-as criticamente,