artigo
Original
razão cintura/estatura comparado a outros indicadores antropométricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado
Danilo Ramos Haun1*, Francisco José Gondim Pitanga2, Ines Lessa3
Trabalho realizado no Instituto de Saúde Coletiva – ISC e na Universidade Federal da Bahia – UFBA, Salvador, BA
*Correspondência
Av. Sete de Setembro, nº
2000/102 – Vitória
Salvador - BA
CEP: 40080-004 danilohaum@gmail.com Resumo
Objetivo. Comparar a razão cintura/estatura (RCEst) com os demais indicadores antropométricos de obesidade: circunferência da cintura (CC), razão circunferência cintura/quadril (RCCQ), índice de conicidade (Índice C), índice de massa corporal (IMC) para discriminar o risco coronariano elevado (RCE).
Métodos. Estudo de corte transversal realizado em Salvador, Brasil, em 2000, em subgrupo de participantes do projeto “Monitoramento das Doenças Cardiovasculares e da Diabetes no Brasil”
(MONIT). A amostra foi composta por 968 pessoas (391 homens e 577 mulheres), com idade entre
30 a 74 anos. Inicialmente, foi identificada a área total sob a curva ROC entre o Índice C, RCCQ,
RCEst, CC, IMC e RCE. Utilizou-se intervalo de confiança a 95%. Na sequência, foram calculadas a sensibilidade e especificidade. Todas as análises foram feitas através do programa STATA 7.0.
Resultados. As áreas sob as curvas ROC encontradas para os indicadores de obesidade foram Índice
C 0,80, RCCQ 0,76, RCEst 0,76, CC 0,73, e IMC 0,64, para homens e, Índice C 0,75, RCCQ 0,75,
RCEst 0,69, CC 0,66 e IMC 0,59 para mulheres.
Conclusão. Os indicadores de obesidade abdominal são melhores para discriminar RCE que o indicador de obesidade generalizada (IMC) e que a RCEst possui valores próximos aos encontrados em outros estudos e é uma medida com representação estatística significante que justifica a sua utilização.
Unitermos: Obesidade. Pesos e medidas corporais. Antropometria.
Introdução
A obesidade, sobretudo a abdominal, predispõe o