Artigo
Aline Mosena Soares
Resumo
Os custos com a mão-de-obra descrevem parte do conjunto de dificuldades que encarecem o investimento no Brasil, dificultando-lhe o crescimento e o desenvolvimento. No caso da mão de obra tem-se um paradoxo: o funcionário ganha pouco e o empresário paga muito, em decorrência do alto custo do sistema social brasileiro. No Brasil são ainda poucos os setores industriais com alto grau de automatização, como os de química fina, petroquímica, eletroeletrônico, etc. Nesses setores, embora se observe uma diminuição na participação percentual dos custos de mão-de-obra direta, sabe-se que são cada vez mais elevados os gastos com pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e processos, nos quais a remuneração de pesquisadores é muito relevante em alguns casos os salários totais de técnicos e cientistas podem superar o valor da mão-de-obra direta aplicada á própria produção. Define-se mão-de-obra direta como sendo aquela relativa ao pessoal que trabalha diretamente sobre o produto em elaboração, desde que seja possível medir o tempo despendido e a identificar quem executou o trabalho, sem necessidade de qualquer apropriação indireta ou rateio. Se houver qualquer tipo de alocação por meio de estimativas ou divisões proporcionais, desaparece a característica de “direta”.
1. Introdução
Trago para discussão, uma breve opinião sobre a análise dos custos com mão-de-obra nas empresas brasileiras. Diferenciando sinteticamente os dois tipos de mão-de-obra existentes. Além de citar também os modelos de remuneração que existem em nosso País demonstrando a necessidade de inclusão dos encargos sociais no custo horário da mão-de-obra direta.
2. Dos Fatos Entende-se que o custo de mão-de-obra compreende todos os gastos realizados, direta ou indiretamente, a titulo de remuneração por contribuições fornecidas pelos empregados da