Artigo
Samy Dana
No próximo dia 29 de novembro acontece a quarta edição brasileira da Black Friday, o dia de saldão no varejo, inspirado na tradicional e disputada queima americana.
Infelizmente, é impossível não fazer uma ressalva sobre a edição do ano passado da promoção, quando inúmeras foram as reclamações, denúncias de fraude e de aumento artificial dos preços para posterior redução, conforme o próprio Caro Dinheiro registrou. O site Reclame Aqui, por exemplo, recebeu 8 mil reclamações.
Para evitar o mesmo cenário, o idealizador do evento no Brasil, Pedro Eugênio Toledo, anunciou algumas ações aparentemente válidas para coibir práticas antiéticas. Entre elas, filtros comparativos no site oficial, selos de autenticidade para as lojas físicas e digitais, parcerias com instituições de reclamação e até mesmo um código de ética.
Algumas lojas já confirmaram presença em 2013, entre elas TAM, Netshoes, Magazine Luiza, Privalia, Submarino, Americanas.com, Hotel Urbano, Saraiva e Shoptime. Estima-se que 80% do total do e-commerce brasileiro participem desta edição.
A postura mais rígida e pró-ativa de Toledo é um passo importante para recuperar a imagem da Black Friday, mas só mesmo o tempo vai mostrar se o consumidor poderá e aceitará confiar no dia de promoções brasileiro.
Uma pesquisa feita pelo aplicativo Pinion com 2.131 usuários apontou que 32% dos consumidores ouvidos consideram que os preços oferecidos na promoção não são convidativos. Entre os entrevistados, 15% declararam ter ouvido reclamação de terceiros, 14% disseram ter enfrentado dificuldades com relação à disponibilidade do produto e 12% não conseguiram comprar devido às deficiências nos sites das lojas.
Para o consumidor que pretende dar um voto de confiança vale a pena sempre fazer a tradicional pesquisa de preços, tanto no site de outras lojas quanto no da mesma loja alguns dias antes. Um problema recorrente em 2012 foi o de lojas que inflaram os preços às vésperas da Black