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RESUMO
Um dos grandes desafios que cercam o processo de Inclusão Escolar são os aspectos intrínsecos que direcionam essa questão nas diferentes classes sociais, incluindo o individualismo do aluno. Minha pesquisa buscou, em Gonzales Rey em sua Teoria da Subjetividade, enfatizar os aspectos subjetivos envolvidos nas dificuldades de alunos com necessidades especiais e bem como a de seus professores no processo de inclusão escolar, para que o aluno seja sujeito ativo e construtivo de suas significações. Para compreender as relações de subjetivação de alunos com necessidades especiais e seus professores no processo de inclusão escolar entrevistei três professoras, sendo uma do Ensino Infantil e duas do Ensino Fundamental, onde estas realizam trabalho com alunos que possuem alguma necessidade especial. Os procedimentos metodológicos amparados por uma epistemologia qualitativa de pesquisa, contou com recursos metodológicos que incluíram observações, sistemas conversacionais e com entrevistas. As informações foram analisadas a partir dos indicadores que contemplavam os núcleos de significação, assim como os sentidos subjetivos de cada participante isoladamente. Observei algumas dificuldades e divergências por parte dos entrevistados com os alunos: necessidade / impossibilidade de algumas atividades pedagógicas diferenciadas; possibilidades reduzidas de identificação; dificuldade do professor / falta de auxílio em sala de aula e valorização excessiva do eu. Compreender as diferenças entre espaços vividos entre professores e alunos em suas rotinas escolares, na minha pesquisa pude observar que precisamos repensarmos na transformação das realidades sociais dos alunos com necessidades especiais e seus professores no processo de inclusão escolar, a fim de que configurem sentidos atrelados a sua autorrepresentação, com resguardo as suas diferenças e alteridades, é de urgência que incorporamos a instauração nos processos