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REVISTA N.º 35
Ano 19, dezembro de 1997 - p. 56-68
Da evolução do paradigma da agricultura ao paradigma da informação Marco Antônio Machado Ferreira de Melo
Marcofm@iaccess.com.br
Advogado
Coordenador de Informática do Centro de Ciências Jurídicas da UFSC e
Supervisor do Laboratório de Informática Jurídica-CCJ/UFSC
Considerações Iniciais
O termo paradigma é trazido à Ciência pelo físico Thomas S. Khun. Revela-nos que paradigmas são as realizações universalmente reconhecidas e, durante algum tempo, fornecem problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes da ciência (1). Denota-se, aqui, a idéia de um modelo universal que é seguido por todos e orienta a todos, até que novo paradigma se imponha. Fica-nos claro de que paradigma significa um modelo que induz à visão de mundo: de como se espera que este mundo deva funcionar. Na medida que nos debruçamos para esmiuçar paradigmas dominantes, que de certa forma passam a ter influência marcante na visão de mundo, tentamos construir novo modelo dentro de padrões de cientificidade. "A imersão em um paradigma, especialmente no paradigma dominante, prepara o cientista para se tornar membro de uma comunidade científica a que se sinta atraído. Esta comunidade, adotando o mesmo modelo de Ciência, induz seus afiliados a seguirem as mesmas regras básicas e padrões comuns de prática científica." (2) Esta tem sido a tônica da evolução da humanidade.
O mundo, a sociedade, tem por lei natural o desenvolvimento e, para tanto, sempre manteve-se envolta por constantes transformações. Mudanças fomentadas por uma contínua evolução tecnológica. A inserção de novos paradigmas tecnológicos foram e são marcados por inúmeros desdobramentos no mundo social, institucional e jurídico. A história dos povos registra estas evoluções que interferiram na cultura e,