artigo
Jozária de Fátima Lemos de Lima, Maria do Socorro Lopes Pina,
Rejane Martins Novais Barbosa e Zélia Maria Soares Jófili
26
cinética química, contextualização, conservação de alimentos
O
lho e Gil-Pérez, 1995, p. 69). ensino de química, muitas
A não-contextualização da química vezes, tem-se resumido a pode ser responsável pelo alto nível de cálculos matemáticos e merejeição do estudo desta ciência pelos morização de fórmulas e nomenclaalunos, dificultando o processo de turas de compostos, sem valorizar os ensino-aprendizagem. Fechando um aspectos conceituais. Observa-se a círculo, terrivelmente pernicioso para a ausência quase total de experimentos aprendizagem dos conteúdos químique, quando realizados, limitam-se a cos, temos uma formação ineficiente demonstrações que não envolvem a que não prepara os professores para participação ativa do aluno, ou apenas a contextualização dos conteúdos (Zaos convidam a seguir um roteiro, sem non e Palharini, 1995). levar em consideA contextualização do ração o caráter invesA não-contextualização da ensino, por outro lado, tigativo e a possibiquímica pode ser não impede que o alulidade de relação enresponsável pelo alto nível no resolva “questões tre o experimento e os de rejeição do estudo clássicas de química, conceitos. Não se podesta ciência pelos alunos, principalmente se elas de, entretanto, colodificultando o processo de forem elaboradas car, única e exclusivaensino-aprendizagem buscando avaliar não mente, a culpa dos a evocação de fatos, problemas do ensino fórmulas ou dados, mas a capacidade de química nos professores. Há um de trabalhar o conhecimento” (Chasconjunto complexo de causas, já analisot, 1993, p. 39). sado na literatura pertinente. Dentre
Considerando especificamente o eles, é possível citar os cursos de ensino de cinética química, constataformação deficientes, que reforçam a mos que as atividades didáticas, muiaprendizagem passiva pelo