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LEITURA E LITERATURA: OBRIGAÇÃO OU PRAZER?
Claudecir Batista dos Santos de Souza1
Carmen Sidnéia Bonfanti da Silva2
Maria do Amparo Fecchio dos Santos3
RESUMO: Este trabalho se propõe a analisar as diversas barreiras encontradas pelo professor que se dispõe a despertar no aluno do 3o. e 4o. ciclos do ensino fundamental o hábito e o gosto pela leitura literária, bem como sugestionar sobre atividades que podem auxiliá-lo nesta tarefa árdua que é o formar e direcionar educandos em dias atuais.
PALAVRAS-CHAVE: leitura literária, ensino/aprendizagem, obrigação, prazer, hábito.
INTRODUÇÃO
Hodiernamente, a tecnologia avança tanto que a escola não tem conseguido acompanhar essa evolução.
Observa-se que é lançada aos educandos uma quantidade muito grande de informações, mas que elas por si só não garantem a geração de formadores de idéias. O educando deve ser participante no processo que o envolve, como um ser ativo e atuante na construção de sua vida futura.
DESENVOLVIMENTO
Aposta-se no ato de ler como processo ensino/ aprendizagem, na formação de cidadãos pensantes e críticos, longe de serem alienados pelo sistema. Bamberger definiu
(2000, p. 10) “[...] o ato de ler, em si mesmo, como um processo mental de vários níveis, que muito contribui para o desenvolvimento do intelecto”. Ele é um processo cognitivo e um processo de linguagem. Por isso, alguns estudos no campo da psicologia revelam que o aperfeiçoamento da capacidade de ler está intimamente ligado ao da capacidade de aprender como um todo, o que implica dizer que vai além da recepção, pois “a boa leitura é uma confrontação crítica com o texto e as idéias do autor”. (BAMBERGER, 2000, p.
10). A leitura individual desenvolve a capacidade de refletir sobre o processo no qual o mesmo está acoplado, de modo a aprimorar a linguagem e possibilitar o desenvolvimento da identidade como ser único, ou seja, “a leitura é um dos meios mais eficazes