Artigo Violência escolar
Ludmila Rachel Barreira B. de Oliveira1
RESUMO
A incidência da violência e suas várias manifestações contemporâneas no espaço escolar faz com que esta temática seja de profundo interesse social. A definição da violência escolar é tarefa árdua ao pesquisador, pois do ângulo em que é vista dependem questões culturais, históricas e particulares. Embora difícil, o fenômeno necessita de parâmetros bem definidos, para que viabilize a pesquisa para a sua compreensão sob a ótica de diversidade social, escolar e temporal. Deste modo, o presente artigo aborda a problemática conceituando-a através das definições de diversas fontes e perspectivas, vislumbrando a violência escolar em um sentido mais amplo, perpassando pelas agressões físicas mais evidentes, até a violência simbólica que incorre nas regras, normas e culturas de uma sociedade, reflexo do ambiente onde o indivíduo está inserido e do próprio sujeito sócio-histórico-cultural.
Palavras-chave: Violência Escolar, Agressão, Violência Simbólica, Escolas Públicas, Representações Sociais.
1. INTRODUÇÃO
A violência em escolas públicas tem sido alvo de diversas investigações científicas, mobilizando pedagogos, filósofos, cientistas sociais, juristas e economistas, tornando árdua a definição desta problemática, uma vez que vários autores a definem de múltiplas formas e maneiras. Portanto, abordaremos o conceito conforme aponta a Organização Mundial de Saúde (2002, p. 5) quando diz que a violência é:
“(...) uso intencional de força física ou poder, em forma de ameaça ou praticada, contra si mesmo, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou comunidade que resulta ou tem uma grande possibilidade de ocasionar ferimentos, morte, consequências psicológicas, mau desenvolvimento ou privação.”
O cenário atual onde a sociedade está inserida está pautado de violência, a julgar pelos noticiários nacionais e internacionais, em que chegam ao conhecimento da população os