Artigo sobre violência escolar
Na sociedade atual, a violência já se naturalizou como fato cotidiano. Todos os dias a mídia nos traz noticias de assaltos, agressões físicas, mortes, assassinatos e os mais variados tipos de violência, tão frequentemente que nem chegamos a nos assombrar com os números cada vez maiores de casos. Estamos vivendo um estágio avançado de banalização da violência, a qual se estende a todos os espaços sociais, inclusive à escola. Naturalmente, todos os espaços sociais são permeados por conflitos interpessoais, pois são onde se relacionam pessoas diferentes, que pensam diferente e têm necessidades diferentes, mas todas querem o seu próprio bem. No ambiente escolar, portanto, não poderia ser diferente. O conflito em si, não é negativo, pois é ele que regula as ações dos indivíduos e possibilita a harmonia. A questão maior é como são solucionados ou findados esses conflitos. Isso é que definirá se o conflito é positivo ou se tornará um ato violento.
Violência é tudo que oprime, impõe algo arbitrário sobre um ou um grupo de indivíduos contra sua vontade, ameaça a integridade física e/ou psíquica deles, mas também o desrespeito e a injustiça. Na sociedade antiga, onde era forte a autoridade, a violência ficava por conta das regras extremamente rígidas, impostas sobre os alunos, que não tinham possibilidade de contestar. A coerção funcionava muito bem, por ameaças ou mesmo castigo físicos aos infratores, e os alunos eram totalmente heterônomos, ou seja, eram coordenados por autoridades, não pensavam por si só, apenas obedeciam cegamente às regras ditadas por outrem. Atualmente, com a crise da autoridade, a não formação dos alunos para a autonomia (capacidade de agir levando em conta ele mesmo e os outros, de modo a agir da melhor forma possível, mais ética e respeitosa) e ainda por cima a falta de princípios válidos para a legitimação de certas regras, os alunos já são rebeldes em potencial. Essa potencialidade é multiplicada,