Artigo sustentabilidade
O Brasil esta está entre os 10 maiores produtores mundiais de arroz conforme dados estatísticos da FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS (FAO), figura 01. A RHA corresponde aproximadamente a 4% do total produzido , sendo para a safra de 2009 um total de 500000 Ton de cinza . A destinação da casca de arroz é muito variada e uma prática comum no Brasil é a queima da casca para uso como combustível do processo de beneficiamento de arroz nas industrias, o que gera uma quantidade considerável de cinza. A cinza que não tem destinação planejada, normalmente é dispensada no ambiente, provocando poluição ambiental principalmente no solo, lagos e rios próximos as industrias de arroz. A cinza pode ter muitas destinações por ser um produto rico em Sílica (SiO2). Uma das aplicações é o uso como substituto parcial de cimento devida a reação pozolânica da Sílica com o Ca(OH)2 que é liberado na hidratação do cimento. Esta utilização acarreta diminuição do consumo de cimento, aumento da resistência do concreto e argamassas produzidos, conforme muitas pesquisas já comprovaram. Existem ainda outras destinações industriais, pois a cinza de casca de arroz é uma fonte de Silício (Si). Porém a RHA não é aproveitada de forma adequada devido alguns fatores como:
Necessidade de controle da temperatura e tempo de queima, para produzir Sílica amorfa.
Necessidade de moagem controlada.
Ainda assim existem algumas empresas que investem na produção de Sílica de RHA, porém precisam se localizar próximo aos grandes produtores, para garantir quantidades necessárias de matéria prima sendo então impossível utilizar a maioria da cinza produzida.
Nas Phillippines a casca de arroz é simplesmente dispensada no ambiente, figura 02, onde a população se serve de pequenas quantidades para usos domésticos como ração para animais e uso como adubo, sendo a grande quantidade restante apenas queimada para reduzir as montanhas de material, produzindo CO2 e criando uma camada