Artigo sobre a igreja de Santa Sofia
Cerca de duzentos anos mais tarde, enquanto culminaria o período de ouro do império bizantino e sob a égide de Justiniano I, foi construída a catedral de Santa Sofia (Hagia Sophia, “Divina Sabedoria”; 532-537 d.C.). Doutrinada em ascendência mestiça, assim como a cultura a qual foi inserida, a Igreja foi consolidada a partir de uma iniciativa pessoal. Isso vem a explicar a rapidez de construção e utilização de tesouros (mármores, mosaicos, materiais preciosos) no monumento, como parte elementar do projeto. Consiste em uma homenagem a Deus, feita com a prodigalidade de um monarca.
O templo surgiu como reelaboração de uma antiga igreja, ministrada por Justiniano, e destruída outrora por fenômenos naturais. O imperador, e seu dever de manter sua autoridade, demostrava a imponência de seu império através de edificações que demarcavam sua grandiosidade. Pode-se destacar deste modo o motivo e grandeza de Santa Sofia, que foi, por 9 séculos o centro que comandou o mundo ortodoxo cristão, da qual os missionários propagavam a cultura bizantina em toda a Europa Oriental e na Rússia até a tomada de Constantinopla.
A obra de Anthemius de Tralles e Isidorus de Mileto agrega em sua forma seus diferentes traços originários. O templo é formado por um conjunto de volumes simples e rigorosos que, em solução piramidal, culminam numa vasta cúpula central, e domina a paisagem urbana. Possui 56 metros de altura, e 34 metros de diâmetro. Seu eixo é longitudinal, traço da cristandade e sua planta centrada em cúpula tenta trazer o púlpito para perto dos crentes, contrário ao ocidente, onde as