artigo sobre saude coletiva
CAMPO E NÚCLEO DE SABERES E PRÁTICAS
Gastão Wagner de Sousa Campos*
Resumo
Oa t g d s u eoc m oeon c e d s b r sed p á i a d s ú ec l t v a rio ict ap úlo e aee e rtcs a ad oeia partir de uma metodologia dialética, pensando-a para além do positivismo e do estruturalismo e fazendo-se uma crítica a sua tendência de assumir posição de transcendência sobre o campo da saúde. A partir dessa análise, são elaboradas sugestões para debate, relacionadas centralmente com uma saúde coletiva entendida como uma cntuã scoitrc d sjio cnrts osrço oihsóia e uets oceo.
P l v a - h v : s ú e pública; saúde coletiva; construtivismo. aarscae ad
Sinais de glória e sintomas de crise: algumas questões sobre a saúde coletiva
Repensar a saúde coletiva aproveitando-se da história e da tradição da saúde pública. Entendê-la tanto como um campo científico quanto como um movimento ideológico em aberto, conforme sugeriram Naomar
Almeida Filho e Jairnilson S. Paim (1999). Um movimento que, sem dúvida, no Brasil, contribuiu decisivamente para a construção do Sistema
Único de Saúde (SUS) e para enriquecer a compreensão sobre os determinantes do processo saúde e doença. Mas também reconhecer que o modo como vem ocorrendo sua institucionalização tem bloqueado a reconstrução crítica de seus próprios saberes e práticas, provocando uma crise de identidade manifesta em sua fragmentação e diluição enquanto campo científico.
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Doutor em Saúde Coletiva e Chefe do Departamento de Medicina Preventiva e Social da FCM/Unicamp.
Sociedade e Cultura, v. 3, n. 1 e 2, jan/dez. 2000, p. 51-74
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Essa crise tem como sintomas uma série de dilemas que vêm sendo analisados pelos especialistas: a saúde coletiva haveria criado um novo paradigma, negando e superando o da medicina e o da antiga saúde pública? Saúde coletiva corresponderia a todo o campo da saúde, ou apenas a uma parte? A expansão do SUS provocaria um crescimento automático das