Artigo sobre santo agostinho
Essa conduta é percebida no diálogo a partir do contrário de indigência, sugerida no momento como riqueza, pois oposto à pobreza. Para não incorrer nos erros semânticos, Agostinho percebe que a riqueza como único vocábulo não fará frente a abundância de termos, a saber: pobreza e indigência. Diante do impasse, Licêncio sugere plenitude e Agostinho sugere opulência, mas começará a analise pela sugestão primeira.
A oposição entre plenitude e indigência, estabelece ante aos mesmos parâmetros que ser e não ser e também nequícia e frugalidade, logo pode-se afirmar que sabedoria é plenitude , por consequência assim como frugalidade é a plenitude da alma e retomando sua sugestão, agostinho conclui que essa também é opulência das virtudes. Essa analise se sustenta nas discussões etimológicas desses termos ocorridas no início do terceiro dia, o que conduz também a etimologia das virtudes, a saber: mediação e temperança, estabelecidas como medida certa, sem excessos e sem faltas: “A palavra "modéstia" é oriunda de modus (medida), e temperança de temperies (proporção). Onde há medida e proporção não existe nem a mais nem a menos do necessário. ”(cap VI-32).Na analise do termo opulência Agostinho revela que:
(...) o termo "opulência" vem de ops (ajuda). O excesso, porém, como poderia ajudar-nos, quando muitas vezes ele vem nos embaraçar mais do que o faz a penúria? Portanto, o que há em excesso ou em insuficiência existe falta de medida e risco de indigência. Logo, a sabedoria é a medida da alma, pois ela é, evidentemente, o contrário da estultícia. Ora, a estultícia é indigência, e esta tem como contrário a plenitude. Logo, a sabedoria é plenitude, e a plenitude