artigo osteo
Grasiele Correa de MelloI; Gabriela GrossiI; Sílvio Pereira CoelhoII
IAcadêmica do 11º semestre de Medicina da Universidade Luterana do Brasil - Canoas, RS, Brasil
IIMédico especialista em Ortopedia e Traumatologia Pediátrica; Professor Titular da Disciplina de Ortopedia e Traumatologia da Universidade Luterana do Brasil - Canoas, RS, Brasil
Endereço para correspondência
RESUMO
A epifisiólise proximal do fêmur (EPF) é uma doença ortopédica prevalente na adolescência, porquanto esta coincide com o momento de maior crescimento das estruturas osteomusculares. Curiosamente, alguns pacientes apresentam esta patologia precocemente e esse desfecho converte para a possível explicação etiológica de que o escorregamento ocorreria pelo estirão de crescimento. Para esses pacientes, a gênese do escorregamento ainda não foi elucidada; todavia, as afecções endocrinológicas vêm sendo assinaladas como possíveis causas. Na tentativa de reforçar a teoria da etiologia endocrinológica e apresentar os resultados do tratamento cirúrgico para essa patologia, os autores relatam neste artigo o caso de um paciente do sexo masculino, de nove anos e três meses de idade com EPF e hipotireoidismo subclínico, diagnosticado e tratado no Hospital Universitário de nossa instituição.
Descritores: Epífise Deslocada; Hipotireoidismo; Parafusos Ósseos; Criança
INTRODUÇÃO
A epifisiólise proximal do fêmur (EPF) caracteriza-se pelo deslocamento do colo em relação à cabeça femoral. O mecanismo mais provável do deslizamento crônico é a rotação da epífise sobre a metáfise, como resultado das forças de torque(1). As alterações nas estruturas anatômicas responsáveis por tais forças ocorrem habitualmente na adolescência e são responsáveis pela maior incidência da doença nesta faixa etária. Adicionalmente, distúrbios endocrinometabólicos podem promover alterações na microestrutura da fisis ao aumentarem a espessura da