Artigo Os Cursos De Engenharia No Brasil S Culo XXI
Sara Rios Bambirra Santos
Psicóloga, pós-graduada em Gestão e Tecnologia da Qualidade. Mestranda em Educação
Tecnologica pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG). sarabambirra@yahoo.com.br Maria Aparecida da Silva
Mestre em Planejamento Educacional pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de
Janeiro (PUC/RJ); doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas
(UNICAMP). Professora do Mestrado em Educação Tecnológica no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) masilva46@oi.com.br Resumo
Este artigo trata das relações entre as transformações nos processos produtivos e o ensino de engenharia no Brasil nos séculos XIX, XX e início do XXI. Supõese haver uma estreita relação entre essas transformações e as modificações no ensino de engenharia. A revisão bibliográfica subsidia o desenvolvimento do presente artigo. Na primeira parte, apresenta-se a história dos cursos de engenharia no Brasil nos seus primórdios e durante o século XIX. A segunda parte focaliza as transformações nos cursos de engenharia do século XX e início do XXI.
Palavras-chave: curso de engenharia; processos produtivos; abordagem histórica. Ano 11 - n. 12 - dezembro 2008 - p. 21-35
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Sara Rios Bambirra Santos, Maria Aparecida da Silva
O ensino de engenharia no Brasil – seus primórdios e durante o século XIX
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O início da história do ensino de engenharia no Brasil, de acordo com Bazzo e Pereira (1997), ocorreu de forma periódica. A referência mais antiga ao ensino de engenharia no Brasil data de 1648-1650, quando o holandês Miguel
Timermans foi contratado para ensinar sua “arte e ciência” (TELLES, 1994). O início do ensino formal de Engenharia no país, porém, foi com a Academia Real
Militar, criada em 4 de dezembro de 1810 pelo príncipe regente (futuro rei
Dom João VI), substituindo a Real Academia de