Artigo MOVIMENTO HIP HOP E EDUCA O
CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO
IOLANDA MACEDO*
RESUMO: O movimento hip hop tomou proporções extremamente expressivas no
Brasil nos últimos anos, acupando cada dia mais espaço nas cidades, na mídia, nas escolas. Além disso, possivelmente nenhuma outra corrente da música, dança ou poesia significa tanto para tantos jovens, sobretudo os das periferias brasileiras, na forma de danças, de vestir, de fazer musica, de falar, entre tantos outros aspectos. Também é imprescindível considerar que este movimento produz uma representação étnica sobre o afro-descendente no sentido de resistir ao racismo e a proclamar uma auto-afirmação do negro, da cultura negra, da história do negro no Brasil. A partir dos vários exemplos que temos na história do Brasil os hip hopers não são os primeiros grupos culturais ou sociais a lutar por estes ideais, até mesmo porque o hip hop surge destes movimentos, como por exemplo, o Movimento Black, nos anos 70, Movimento Negro, entre outros.
Neste sentido, este artigo pretende discutir a possibilidade de pesquisar esta representação do negro no movimento hip hop, enquanto uma forma de conhecimento, levando em consideração a popularidade deste movimento entre os jovens e adolescentes. Palavras – chave: Hip Hop; Conhecimento; Afro-descendente.
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Graduada em História pela UNIOESTE, aluna regular do Programa de Mestrado em Educação
(UNIOESTE)
Este artigo é proveniente do projeto de mestrado a ser desenvolvido no
Programa de Mestrado em Educação (UNIOESTE) e tem como objetivo discutir a problemática delimitada para a pesquisa em questão, que leva em consideração a representação do negro no movimento hip hop que é conflitante a representada e discutida nas escolas (sobre a história do negro no Brasil), pautada nos livros didáticos, que na maioria das vezes desconsidera o negro considerado escravo como sujeito social, autônomo e que resistiu a condição cativa.
Neste sentido, mesmo que inúmeros historiadores