Artigo festa do padroeiro
FESTIVAS E DEVOCIONAIS NO MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS-GOi.
Maria Idelma Vieira D’Abadiaii
Thaisa Ruskaia de Sousa Silvaiii
Introdução
O presente artigo objetiva-se apresentar uma reflexão inicial a cerca das folias, principalmente as de Reis, e as festas de padroeiros no município de Anápolis. Esse texto apresenta-se como resultado preliminar de pesquisa, na qual buscou-se realizar um estudo sobre a dinâmica das paisagens constituídas nas manifestações culturais das religiosidades populares no município. Para esclarecer, as religiosidades populares estudadas estão voltadas para as festas de padroeiros paroquiais e grupos de folias que atuam nesse mesmo local. Foram selecionadas para o estudo, utilizando o critério de localização e data de criação (mais antigas), 10 paroquias, a saber: Catedral do Bom Jesus/Centro e Paróquias de: Santana/ Centro, Santo Antônio/Centro, São João Batista/Vila Formosa, Nossa Senhora da Abadia/ Vila Gois, São Joaquim/Bairro São Joaquim, São Pedro e São Paulo/ Maracanã,
Nossa Senhora de Fátima/Jaiara, São Cristóvão/ Parque Iracema e Santa Rita de Cássia/
Miranápolis – zona rural.
Folias e festas de padroeiros são manifestações culturais de caráter religioso popular e que enfatizam importantes tradições religiosas e locais. D’Abadia e Almeida
(2010, p. 61) expressa a ideia de festa baseada em Brandão (1989), na qual, “a festa está intimamente relacionada às únicas, raras e repetidas situações da vida. As comemorações são enfatizadas pelas sociedades em menor ou maior grau dependendo das situações”.
Essas comemorações, ou seja, as festas e folias, representam na dinâmica dos lugares, seja urbano ou rural uma simbologia que emerge como forte expressão cultural de um grupo, no caso, os devotos do padroeiro, os participantes das folias, os promesseiros, os acompanhantes, dentre outros.
Para Brandão (2004, p. 396) a folia é “essencialmente uma prática religiosa coletiva e uma