Artigo eletrica
Produção e uso de
ENGENHARIA/2009
592
ENGENHARIA
ENGENHARIA
TRANSPORTE
óleos vegetais isolantes no setor elétrico
HELENA MARIA WILHELM*
LUCIANE TULIO**
WILSON UHREN***
O óleo vegetal isolante (OVI) além de atender às características dielétricas e refrigerantes apresenta algumas vantagens em relação ao óleo mineral isolante (OMI), principalmente por ser considerado fluido de segurança, ser biodegradável e ser proveniente de fonte renovável. Por estas razões, pode-se considerar o OVI para uso em transformadores como o www.brasilengenharia.com.br “óleo do futuro” em aplicações aonde tais vantagens são requeridas. No caso de vazamentos/derramamentos deste fluido, por exemplo, é esperada uma diminuição nos custos financeiros inerentes à remediação dos sistemas impactados, como solo e lençol freático, em função da sua fácil biodegradabilidade. ENGENHARIA
história dos transformadores teve início em 1885 com a construção de um transformador nos Estados Unidos, com projeto a seco e utilização de ar como dielétrico. A ideia de que transformadores usando óleo mineral como dielétrico pudessem ser menores e mais eficientes foi patenteada em 1882, pelo professor Elihu
Thompson, mas levou uma década até que fosse colocada em prática (figura 1). Em
1892, a General Electric produziu a primeira aplicação reconhecida de óleo mineral em um transformador. Então, a indústria focou sua atenção em determinar quais as propriedades ideais para o óleo mineral para aplicações como dielétrico e, também, no desenvolvimento de processos para a produção de um óleo mineral isolante (OMI) de melhor qualidade. As principais propriedades de desempenho foram identificadas e por volta de 1899 pelo menos uma refinaria começou a produzir óleo mineral especialmente desenvolvido para transformadores
(McShane, 2002). Hoje, o OMI é o fluido dielétrico mundialmente mais utilizado no setor elétrico.
Experimentos utilizando óleos