Artigo ecologia
A Ecologia da comunidade é o estudo de um conjunto de espécies que habitam num determinado tempo e lugar, sendo que o principal desta ecologia da comunidade é entender a organização das comunidades bem como explicar os padrões e regas que fundamentam a sua estrutura. Embora existam regras universais (Lawton, 1999), existem também padrões previsíveis e regulares, tais como a tendência das espécies abundantes terem densidades mais elevadas em comparação com espécies geograficamente restritas – relação distribuição/abundância.
Padrões na abundância das espécies
Os dados sobre a abundância das espécies são relativamente fáceis de obter, e podem fornecer dicas sobre aspetos menos visíveis de uma comunidade. São nos dados através dos gráficos das curvas de abundância de espécies, estes permitem comparações entre comunidades.
Em quase todas as comunidades em que as espécies foram identificadas e contadas, as distribuições não são lineares. Ou seja, há muitas espécies raras e apenas algumas espécies comuns. Embora este tipo de padrão não linear pareça ser uma característica universal de todas as comunidades, pode ser mais acentuado em alguns ecossistemas, e menos noutros. Uma maneira de lidar com as abundâncias distorcidas (padrões não lineares) é transformá-los usando logaritmos, o que facilita a comparação entre dados. As comunidades com distribuição log-normal fornecem uma descrição exata das abundâncias das espécies numa comunidade, sendo estra distribuição usada frequentemente para modelar a abundância das espécies em comunidades. No entanto este tipo de distribuição tem algumas consequências práticas. De acordo com uma distribuição log- normal, não só existem poucas espécies comuns com uma alta abundância local, como algumas espécies parecem ser verdadeiramente raras, pois populações mais pequenas são mais propensas a extinguirem-se e portanto o número de espécies com populações pequenas