Artigo dr. house
Resumo:
Os impactos dos produtos da cultura de massa na sociedade é tema recorrente de debate acadêmico, com destaque para a síntese do pensamento dos teóricos das vertentes de pensamento integrados e apocalípticas, construída por Humberto Eco, (1987). Os seriados norte-americanos são um exemplo de formato de produtos que são disponibilizados na indústria cultural. Este artigo propõe a analise de um episodio da série Dr. House agregado a outros aspectos da indústria cultural para problematizar a percepção da cultura de massa, sobre o maniqueísmo das argumentações teóricas apocalípticas e integrados, conforme síntese de Eco (1987).
Palavras chaves: indústria cultural, cultura de massa, teorias integradas e apocalípticas
1) Polarização das avaliações teóricas da indústria cultural
Muitos teóricos se debruçaram no debate sobre a indústria cultural e a cultura de massa, emitindo teses sobre diversificados aspectos referentes ao impacto, interesses, organização, conflitos, vinculações e entre outros referenciais pertinentes ao entendimento desta que é uma das mais importantes áreas da sociedade contemporânea.
Entre as contribuições, se destaca o livro: Apocalípticos e Integrados produzido por Humberto Eco (1987), apresentando a abordagem maniqueísta utilizada por muitos teóricos na analise da indústria cultural. Por se tratar de assunto denso e diverso, propõem-se ater à algumas diretrizes propostas no livro de Eco, sem um maior aprofundamento dos demais teóricos, inclusive os que deram subsidio para a obra abordada.
Segundo o autor, os argumentos apocalípticos defendem que a indústria cultural significa uma máquina autoritária, repressiva, colonizadora, de imposição da ideologia dominante, a serviço de um projeto de dominação. Em contra partida, os integradores defendiam a posição democratizante e educativa da indústria cultural, possibilitando o acesso das massas à chamada “alta” cultura, através