Artigo de Opinião sobre a Obra "A Moreninha"
Sobre “A Moreninha” de Joaquim Manoel de Macedo, a obra chega como o primeiro romance do Brasil. Houve uma anterior publicado um ano antes por Teixeira e Souza, porém sem grande êxito em sua prosa. Sendo assim “A Moreninha” sempre será o primeiro romance brasileiro.
Chegamos a ingressar nesta leitura sem muito saber o que esperar, e no primeiro capitulo percebemos que no mínimo será prazerosa. Posso afirmar, eu gostei e indico a quem me perguntar sobre o romantismo de forma meiga e brilhante. A medida que a obra avança, você se sente presente na praia, na fogueira e nos diálogos dos personagens como se fosse um observador analisando um filme, filme este que se constrói em sua mente e imaginação.
Joaquim Manuel de Macedo, soube bem construir um romance, nesta obra você se sente ligado até mesmo aos personagens secundários e de vez em quando se pega com uns risos bobos ou gargalhadas saindo de você. Como não amar a sapiência de D. Ana? Ou D. Carolina, que fez Augusto brincar de boneca, o mesmo rapaz que no inicio da obra se mostra tão relutante a um novo amor, chegando a apostar com seus amigos não amar uma moça por mais de três dias? São elementos simples como estes que fazem a obra se tornar grande.
Somos apresentados nas primeiras páginas do romance, a um jovem estudante de medicina, de aparência alegre, jovial e namoradora, cujo seus amigos o achavam vaidoso e desprendido de sentimentos mais profundos por não se prender a ninguém. Porém com o seguir da obra, a mesma nos revela as repostas para as perguntas de um leitor precipitado querendo descobrir tudo nas primeiras linhas do romance. Por ser um exímio curioso, afirmo que devorei a literatura em dois dias querendo saber o estimado segredo de Augusto, e conhecer D. Carolina, moça alegre, travessa, astuta e persistente.
Confesso que se tratando de romantismo, o estilo em si já me enche os olhos, gosto desta coisa piegas de amores eternos, e isso a obra constitui muito bem. A