Artigo de Opinião: Pena de morte

Pena de morte é um tipo de punição muito antiga utilizada em casos de assassinato, adultério, homossexualidade, não seguir a religião oficial, etc. Nos tempos modernos, esse tipo de pena já é considerada como processo legal, no qual se condena a realização de crimes hediondos ou crimes equiparados a eles, como por exemplo: homicídio, estupro, tráfico de entorpecentes e drogas, entre outros. São considerados hediondos os crimes que vão contra bens protegidos pela Constituição Federal, com alto nível de gravidade. Hoje, 57 países, entre eles Estados Unidos, países da Ásia e África, ainda aplicam a pena de morte com frequência. Outros 37 possuem a legislação em vigor, mas não a utilizam na prática. Já 98 países aboliram totalmente as execuções. O Brasil é um dos sete países onde a pena de morte é considerada ilegal, sendo utilizada, em sua maioria, apenas para crimes de guerra. A última execução determinada pela Justiça Civil no Brasil foi a do escravo Francisco, em 1876, entretanto só foi totalmente abolida para crimes comuns após a proclamação da república. Em
2007, o assassinato do menino João Hélio fez reascender a discussão sobre a pena de morte no país. Contudo, apesar do apoio popular, o governo ainda não demonstrou interesse algum em reintroduzir essa prática extinta há mais de 145 anos.
Infelizmente, no Brasil, essa discussão se torna extremamente complexa, pois o contexto social é tão devastador que a pena de morte se torna absurda perante os olhos da sociedade. Ou seja, a inexistente estrutura educacional, empregatícia e de saúde que o país proporciona á população, muitas vezes, formam indivíduos sem perspectiva alguma de vida, motivo pelo qual as favelas cresceram 75%, segundo o IBGE, entre 2000 e 2010. Dessa forma, julgar com total severidade pessoas que foram extremamente induzidas a crescer numa realidade de crimes e violência, muitas vezes se torna injusto. Contudo, obviamente, deve-se considerar que, do ponto de vista psicológico, o desvio de