artigo de opiniao favelas
Roberto Moraes Pessanha
Professor do Cefet Campos e-mail:moraes@fmanha.com.br Depois das afirmações preconceituosas da deputada Frossard sobre o ambiente das favelas, que ela mais uma vez tentará justificar como um mal entendido, tal qual o asco que sente pelos deficientes, vejo que ainda há muitas abordagens a se fazer sobre o tema. Antes, como forma de repudiar as palavras da juíza, quero relembrar a frase, de autoria desconhecida que citei no artigo da semana passada: “a favela é o resultado criativo de uma parte da população que precisa morar”.
Engana-se quem pensa que a solução exclusiva para a questão da favela é a remoção. Aliás, não é um engano, é um erro pensar assim. Em alguns casos, até pode caber a retirada, como foram os casos da Chatuba na beira-valão e dos barracos na Aldeia à margem do rio Paraíba do Sul.
Todos estudos e pesquisas que se aprofundaram na busca de soluções criativas para dar mais dignidade a quem hoje mora nestes ambientes concluem que não há regra e nem mágica para eles. Cada caso é um caso. A manutenção das pessoas junto ao ambiente e território onde vivem é uma forma de manter a memória e a identidade destes moradores.
A transformação de favelas em bairros encontrou soluções interessantes em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro. Às vezes é melhor reconhecer os esforços públicos que levaram algumas melhorias a estes ambientes, ampliando-os, do que jogando tudo abaixo. É também interessante reconhecer os esforços individuais e familiares dos moradores, do filho que emenda a casa do pai erguida sobre a laje da casa dos avós.
Os estudos também indicam que para cada real investido pelo poder público na melhoria urbana e na instalação de outros equipamentos públicos como creches, escolas, postos de saúde, quadras de esporte, etc., os moradores investem em pequenas melhorias, nas suas habitações, quantia quase equivalente ao gasto público.
Interessantes nestes casos é o envolvimento das comunidades não só