Artigo 05
Pré fabricados de concreto já são largamente empregados em projetos com alto grau de repetição e amplos vãos livres. Mas uso em edifícios altos, especialmente residenciais, ainda é restrito
Impulsionada pela escassez de mão de obra e pela necessidade de racionalizar recursos, a construção civil brasileira vivenciou, nos últimos anos, avanços no uso de prémoldados e pré-fabricados de concreto, especialmente em obras em que o prazo de execução é fator determinante. Normas publicadas, oferta de equipamentos para movimentação das peças e, principalmente, a maior familiaridade de projetistas e construtores com os sistemas construtivos industrializados foram decisivos para que se chegasse ao estágio atual de desenvolvimento. Algumas construtoras, por sua vez, passaram a identificar nos elementos pré-moldados aliados importantes para manter o controle sobre os seus custos, bem como para manter suas obras no prazo.
Tanto é que nos últimos três anos a construção industrializada de concreto teve uma expansão média anual da ordem de 15%, reflexo do bom momento vivido pela economia brasileira, segundo a Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto
(Abcic). "Mas o setor já vinha crescendo de forma constante pelo menos desde 2001", revela a engenheira Íria Doniak, presidente- executiva da Abcic. Segundo ela, tal evolução decorre da necessidade, cada vez mais presente, de se construir com qualidade e, simultaneamente, atender a cronogramas cada vez mais ousados. "Além das obras direcionadas aos segmentos industriais e para a construção de centros de distribuição e logística, o sistema pré-fabricado expandiu também para construções habitacionais, estádios de futebol, edifícios escolares, pontes e viadutos, entre outros", comenta Doniak, que projeta, para 2013, crescimento do segmento de pré-fabricados de concreto na casa dos 10%, em função de uma conjuntura econômica menos favorável.
Para a engenheira, outro aspecto que vai ao