Artesanato
O primeiro artesão foi Deus, que, depois de criar o mundo todo, pegou o barro e fez Adão.
(artesão anônimo da Paraíba) A arte é uma das manifestações mais antigas do ser humano, tendo a sua origem na era paleolítica (12.000 a.C.), quando o homem primitivo vivia em bandos nômades dependendo da caça e da coleta de alimentos para sobreviver. O homem de Pequim e o de Neandertal, por exemplo, já sabiam pintar e fabricar instrumentos de pedra, de osso e de madeira. Como prova disso, estão as paredes das grutas e cavernas da França e da Espanha (Lascoux, Niaux, Altamira e tantas outras), representando a fauna daquela época (cavalos, bisões, mamutes e renas).
Com a vinda de artistas e artesãos portugueses para o Brasil, durante o século XVI, a produção artesanal deixa de ser, apenas, uma manifestação artística e adquire um status profissionalizante. A expressão arte popular, porém, foi usada primeiramente pelo pesquisador japonês Soetsu Yanagi, em 1926. Ele criou o termo mingei (min = povo; gei = arte), para designar os trabalhos elaborados pelos artistas populares desconhecidos, que tinham em comum a simplicidade e um estado de espírito desengajado da idéia de beleza ou feiúra.
Hoje, os estudiosos do assunto definem artesanato como sendo qualquer objeto comercializável, fruto de um trabalho predominantemente manual, feito com a ajuda de ferramentas simples ou máquinas rudimentares, que se baseia em temática popular e utiliza a matéria-prima local ou regional. Para se inserir na categoria artesanato, então, o objeto necessita ainda: ser produzido na casa do próprio artesão ou em alguma cooperativa do artesão, englobar um número reduzido de peças, ser proveniente de concepção e execução individual, familiar ou grupal, e ter sido elaborado sob o regime de não assalariamento.
E o II Encontro Nacional do Artesanato, ocorrido no final de 1979, define o artesão como sendo aquele indivíduo que produz objetos