ARTES
Professora: Marileide Cerqueira
Série:
Aluno (a):
II UNIDADE – DE DENTRO PARA FORA
A dimensão dialética da arte
O sublime é o momento na arte em que se torna visível o estremecimento entre o espírito e a natureza, e esse abalo é que configura a liberdade (mesmo que apenas vivida como imagem no âmbito estético), e não a ideia que o sujeito pretende fazer de si como um eu livre muito acima da natureza. Mas essa dialética entre espírito e natureza tem também outra face, que é a relação entre o sublime na natureza e na arte. Kant considerava que somente a natureza é que proporcionaria o sentimento do sublime, e não a arte. Adorno, repetidas vezes (nove, ao todo), referiu-se explicitamente ao fato de que Kant recusava o sublime à arte, o que é mais significativo, considerou essa recusa uma grande limitação histórica: “excetuando-se a doutrina do comprazimento, que resulta do subjetivismo formal da estética kantiana, a limitação histórica desta é mais visível em sua teoria de que o sublime caberia somente à natureza, e não à arte”. O homem através de seu trabalho constrói utensílios e ferramentas através de diversas técnicas para facilitar a sua sobrevivência e ao mesmo tempo ele expressa seu pensamento, com desenhos, esculturas, danças e ritmos musicais como forma de se comunicar.
As linguagens artísticas estão enraizadas em todas as culturas em cada canto do mundo. As manifestações musicais, danças, representações e construções têm os mesmo conceitos de arte em qualquer povo que a manifeste. Ao pensarmos nas manifestações artísticas de povos diferentes, entendemos que cada um tem seu jeito, sua maneira de desenvolvê-las e pensá-las. A arte se apresenta com funções distintas e conceitos próprios na vida dos povos a qual pertence. Para Duarte Junior (1988, p. 106) “O homem utiliza a linguagem para ordenar e significar o mundo, mas ela condiciona sua percepção e seu pensamento”. É através das produções artísticas de uma época e de uma cultura