Artes

Bem, o texto. COmo vimos, a arte não-européia apenas irá aparecer em função da própria arte européia. No início o autor ainda relaciona um pouco de arte oriental e africana, mas convenhamos, é apenas uma brevíssima pincelada. Isso será retomado à frente, quando os artistas europeus passaram a beber destas fontes, mas quem quiser saber mais sobre isso deve procurar outras obras mais específicas.
Enfim, veremos de forma clara e bem explicada como se desenvolve a arte européia, desde os primórdios e Egito antigo até o final do século XIX. Gombrich realmente consegue trazer a problemática de cada época e debatê-la sem ser pedante ou inacessível. Ao contrário, ao fim de cada capítulo sentimos vontade de conhecer mais sobre a época, o que, imagino, é a melhor forma de avaliar que uma obra cumpriu sua função.
É lógico que a partir do quatroccento o autor “se esparrama”: dá para ver o gosto com que trata dos artistas deste excepcional período da arte e da humanidade. Tanto gosto que os demais períodos acabam sendo ofuscados, até o final do século XIX, onde discute de forma prolongada o fim das tradições e o começo das vanguardas. Mas é esse o fim, o autor teve o bom senso de não falar de tempos muito recentes, apenas foram acrescentados posteriormente alguns capítulos onde avança um pouco, mas não muito. Repito: sábia decisão.
Enfim, é um excelente livro. Para o curioso em geral será um ótimo subsídio para entender um pouco mais do tema, e para quem é da área é uma ótima obra de referência e porta de entrada para um assunto que é infinito. Ricamente ilustrado, vale lembrar!
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