Artes

A Preservação da memória histórica, a reconstituição do passado e o relato dos acontecimentos não são sempre idênticos em todos os tempos e em todos os lugares

Na pesquisa relativa do conceito de memória e a relação de história e de tempo o filósofo Walter Benjamin nos explica que memória não é apenas o conhecimento racional nas pesquisas ao ensino de história e nem somente um objeto de análise histórico-educacional, os historiadores Pierre Nora com Maurice Halbwachs são paradigmáticos nas pesquisas historiográficas e ao ensino de história, este historiador nos diferencia claramente os conceitos de memória e história; memória como tradição afetiva, artesanal, múltipla; história enquanto disciplina cientifica, problematizadora que exige análise e explicação.
Reconhece se que os conceitos de história e memória são criados entre tensões, guerras simbólicas; Em Platão o conceito de memória surge como sinônimo de conhecimento, já o conceito de história entre os gregos antigos deriva de historie, significando procurar, investigar. No final do século XIX a construção do conceito de história como disciplina quando se separa da filosofia para ser estudada com mais ênfase, prevalecendo a história como ciência, disciplina em relação a memória.Com os avanços da modernidade capitalista a pedagogia moderna desqualifica a memória e passa a vela como uma decoração.
Temos também as conclusões de Bérgson (1979, 1997), intuição e percepção se entrelaçam na memória, ou seja, o conceito de memória estaria vinculado à consciência. Ter consciência é ser capaz de articular dimensões de temporalidade e duração entre presente, passado e futuro; Benjamin ressalta que não se pode se sobressair mais a memória do que a consciência. Para Bérgson temporalidade é sinônimo de duração e continuidade indivisa e para Benjamin temporalidade é carregada de rupturas em um mundo com poucas experiências e cheio de meras vivências. Benjamin também valoriza as dimensões involuntárias da memória,