Artes
Lucy Mary Soares Valentim*
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INTRODUÇÃO Este estudo monográfico é o resultado da pesquisa feita por mim, bolsista de aperfeiçoamento, financiada pelo CNPq. Trabalho este que faz parte da pesquisa “O Potencial Pedagógico da Teoria Crítica”. Orientado pelos professores doutores Bruno Pucci e Newton Ramos- de- Oliveira e co-orientado pelo professor mestre doutorando Antônio Álvaro Zuin. O autor (Theodor Wiesengrund Adorno) e a obra (Teoria Estética) estudados, não se propõem a uma leitura e entendimentos fáceis. Como nos alerta REIS: em Adorno, “a linguagem reprimida joga com a negatividade a todo o instante e guarda em relação ao leitor um distanciamento estratégico, que obriga ao esforço e encerra em si um estimulante enigma”, e ainda reforça: “a leitura de Adorno apresenta-se intencionalmente difícil. A compreensão de suas idéias não pode ocorrer de imediato. A todo o instante ele se confronta com o negativo e somente à medida que se vai penetrando na totalidade do texto, é possível captar a mensagem verdadeira e que constitui a “aparição” que o filósofo pretende destacar. Mesmo assim desfaz no seu devir, dialeticamente. Quem o lê superficialmente, sem esforço, sem participação, sem reflexões e questionamentos, sem viver o processo, não chega sequer de leve até seu pensamento(...) Pois, “o pensamento adorniano não quer ser facilmente captável, como o próprio produto da indústria cultural, cuja mediocridade perigosa ele pretende denunciar”2. A leitura de Adorno me faz pensar em um diamante bruto que para ser lapidado exige muita disposição e paciência, instrumentação apropriada, dedicação exclusiva e perspicácia para poder contemplar cada pequena aresta a ser desvendada. Com certeza ainda tenho nas mãos o diamante bruto pois não me sinto artífice capaz de descobrir-lhe o brilho total, mas parcialmente posso vislumbrar a riqueza deste filósofo para os nossos dias. Este trabalho é o