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Mesmo que a democracia racial seja um “mito” no Brasil é importante entender que o mesmo faz parte de nossa sociedade e tem sua parcela no desenvolvimento da mesma. Através do “mito da democracia social” bem como o “mito da inferioridade negra” é possível compreender as várias formas de racismo no Brasil.
Grande parte desses dados (em forma de denúncia) se origina e é reproduzida dentro de nichos específicos da sociedade: movimentos negros, representantes públicos, as diversas Ong’s e o setor acadêmico. Neste artigo o autor parte de um ponto de vista diferente, fazendo uma relação “raça e mercado” através das vozes do mercado, dos produtores, fornecedores e consumidores de bens e serviços voltados especificamente para as “pessoas de pele mais escura e cabelo mais crespo”, e também as vozes do mercado voltado a sociedade como um todo, sem relação com a cor da pele. O autor constata o aumento de pessoas de cor na publicidade brasileira, abandonando os papéis estereotipados de criadagem e assumindo o lugar de profissionais em geral e a atenção dos produtores e fornecedores de beleza física para as pessoas de cor. Isso causou uma explosão de produtos especializados de uso pessoal e anúncios publicitários, que inclusive, geram a receita publicitária da primeira bem-sucedida revista colorida mensal voltada especificamente para as pessoas de cor, Raça Brasil.
O autor entende que essa entrada de produtos e serviços específicos não se tratam de demanda de mercado de uma classe média negra, mas sim como elemento constituinte da própria formação desta