Artes plasticas
As artes plásticas no Brasil nasceram tardiamente em relação à descoberta e colonização do território. Apesar de haver registros de atividade de pintores, desenhistas e aquarelistas em atividade no Brasil desde 1556, estes vieram apenas de passagem, realizando a mera documentação visual destas terras para os monarcas e naturalistas europeus.
Entretanto, passado um século o Brasil já experimentava um desenvolvimento considerável na pintura e na escultura, e desde então conheceu um progresso ininterrupto e sempre com maior pujança e refinamento, com grandes momentos assinaláveis primeiro no apogeu do barroco, com a pintura, estatuária e talha dourada para decoração das igrejas; depois, na segunda metade do século XIX, com a atuação da Academia Imperial de Belas Artes, que institucionalizou o método acadêmico e promoveu os estilos neoclassicismo e logo o romantismo e o realismo, além de ser a primeira escola de artes de nível superior a funcionar no país; e em tempos recentes, quando a arte brasileira começa a se destacar no exterior de modo consistente e o sistema de ensino e divulgação da pintura estão firmemente estabilizados e largamente difundidos através de um sem número de universidades e escolas menores, museus, exposições, ateliês e galerias.
Durante o barroco, os maiores nomes a serem destacados são Aleijadinho e Mestre Ataíde, respectivamente na escultura e na pintura. Após a consolidação da Academia Imperial se notabilizaram principalmente os pintores Victor Meireles, Pedro Américo e Almeida Júnior, e o escultor Henrique Bernardelli. Comprometidos com o governo de Dom Pedro II, os dois primeiros fizeram obras artísticas com o intuito de enaltecer o império e o nacionalismo do país ainda recentemente independente. Um exemplo disso é o quadro de Victor Meireles: "A Batalha de Guararapes", hoje no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Outro exemplo famoso é o quadro de Pedro Américo: "Independência ou Morte",