Artes literárias
O Expressionismo foi uma corrente artística concentrada especialmente na Alemanha, entre os anos de 1905 e 1930. Esses artistas tentaram transmitir a sua arte utilizando uma forma psicológica onde pudessem expressar seus sentimentos íntimos, mais do que o mundo exterior o fazia. É uma pintura pessoal e intensamente apaixonada.
No Expressionismo o artista utiliza a tela como um meio de comunicação para manifestar suas emoções. As cores utilizadas são fortes, chegando a ser irreais. As pinceladas eram rápidas, demonstrando enorme vitalidade. Um dos grandes inspiradores dos pintores expressionistas foi Van Gogh, com suas técnicas e cores extraordinárias. Dentre os expressionistas mais importantes citamos também Heckel e Schiele.
O expressionismo compreende a deformação da realidade para expressar de forma subjetiva a natureza e o ser humano, dando primazia à expressão de sentimentos em relação à simples descrição objetiva da realidade. Entendido desta forma, o expressionismo não tem uma época ou um espaço geográfico definidos, e pode mesmo classificar-se como expressionista a obra de autores tão diversos como Matthias Grünewald, Pieter Brueghel, o Velho, El Greco ou Francisco de Goya. Alguns historiadores, de forma a estabelecer uma distinção entre termos, preferem o uso de "expressionismo" – em minúsculas – como termo genérico, e "Expressionismo" –com inicial maiúscula– para o movimento alemão. O único manifesto expressionista surge em 1918. Seu autor, Kasimir Edschmid, procura estabelecer os rumos que a nova visão impunha à literatura.
Fim do Mundo
O chapéu do burguês está voando de sua aguda cabeça,
Em todos os ares está ecoando a gritaria.
Os telhados estão caindo e despedaçando-se, e no litoral – lê-se – está subindo a preamar:
A tempestade aí está, os mares selvagens saltam
Para a terra, para destroçar os grossos diques. [...]
(Hoddis, Jakob van. In: Demokrat, 1911.)